Muitas pacientes se rotulam e ficam angustiadas por serem portadoras de displasia mamária.
Mas o que vem a ser isso?
Sabemos que esse termo é muitas vezes utilizado ERRONEAMENTE para designar uma alteração benigna da mama. É uma doença que não existe.
Primeiramente, devemos abolir o termo displasia, que significa “algo fora do lugar”. Esta palavra é usada corretamente para definir alterações do colo uterino, onde encontramos, de fato, células fora do lugar, em relação direta com neoplasia celular.
Mas, nas mamas, não tem esse mesmo sentido: “Se não existe doença, então por que minhas mamas doem? “
Algumas alterações são dependentes dos hormônios produzidos pelos ovários, assim como a sensibilidade das mamas (através dos chamados receptores hormonais), que determinam mudanças estruturais. Sendo assim, se estudarmos as mamas de uma mulher todos os dias, verificamos que estas se modificam a todo instante. Elas são entendidas como alterações funcionais benignas da mama.
Portanto, o que se designa como “displasia mamária” é um conjunto de alterações benignas que se caracteriza por dores nos seios, inchaço, espessamento e cistos que geralmente, aumentam no período pré-menstrual, devido aos hormônios femininos.
Mas o que devo fazer?
- Compreender esse fenômeno como algo natural das mamas é muito importante;
- Utilizar sutiã ou top de ginástica para dar melhor sustentação no período de crise;
- Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios podem ajudar no alívio;
- Algumas orientações nutricionais e dietéticas são úteis, como a dieta livre de gordura e baixo consumo de cafeína.
Sabemos que os estudos não mostraram eficácia em relação ao uso de fitoterápicos, como o óleo de prímula (rico em ácido gamalinolênico) e a vitamina E. No entanto, como na grande maioria dos casos há melhora dos sintomas com esclarecimento verbal, qualquer medicamento, até mesmo placebo, aparenta ter taxas de sucesso elevadas.
É necessário saber que essas alterações não se relacionam com o câncer de mama. As ocorrências de nódulos de mamas, abcessos ou inflamações, e derrames papilares (secreção dos mamilos) devem ser abordadas adequadamente.
Se notar essas alterações, consulte o mastologista para prescrever o melhor tratamento.