Renata Suzuki Brondi - Doctoralia.com.br
Examespreventivos-Mamografia

Conheça quais são os exames das mamas

Atualmente, temos uma gama de avaliações para detecção de males nas mamas, desde tumores benignos, como malignos (câncer de mama). Assim, eles serão utilizados para realizar acompanhamento, diagnóstico e poderão dar início ao tratamento no estágio inicial de uma enfermidade, possibilitando maiores chances de cura.

A tecnologia, a favor da Medicina, também possibilitou novos tratamentos, medicamentos e estamos cada vez mais avançados na recuperação da paciente em casos de câncer de mama.

Vamos conhecer quais são esses métodos:

Mamografia

É um exame simples, feito para detectar tumores nas mamas por meio de imagens do aparelho mamógrafo, sendo que é o único exame utilizado para rastreamento do câncer de mama. É semelhante ao raio X, considerado uma avaliação não invasiva.

Durante o procedimento, são utilizadas duas placas que se encontram e pressionam o seio por alguns segundos para fazer as imagens, sendo realizado duas incidências: crânio caudal e médio lateral oblíqua, que serão reproduzidas e analisadas na radiografia. Não é necessário nenhum preparo e é recomendado que a mulher realize sempre após o período menstrual, já que nos outros períodos as mamas podem ficar mais sensíveis, gerando desconforto.

O resultado do exame é baseado em uma classificação médica, chamada de BIRADS. Sendo assim:

Bi rads 0 – exame inconclusivo – necessidade de realizar complementação.

Bi rads 1 – exame normal – controle anual.

Bi rads 2 –  alteração benigna da mama – controle anual.

Bi rads 3 – alteração provavelmente benigna (risco menor de 2% para câncer de mama) – controle em 6 meses.

Bi rads 4 – alteração suspeita (risco para câncer de mama de 2-90%) – necessita de biópsia.

Bi rads 5 – alteração altamente suspeita para câncer – biópsia e provável tratamento.

Bi rads 6 – lesão já com diagnóstico de câncer.

Diversos estudos já demonstraram sua capacidade de reduzir a mortalidade do câncer de mama, isso porque, esse exame é capaz de detectar grupamento de microcalcificações (alterações que podem ser o início de uma doença), a qual na maioria das vezes é detectada apenas por esse exame.

No Brasil, recomendamos a solicitação desse exame a partir dos 40 anos. Essa indicação é baseada em estudos que demonstraram redução da mortalidade de 15% nas mulheres entre 40 e 49 anos e 30% naquelas entre 50 e 69 anos. Recomendamos ainda que mulheres que tenham expectativa de vida maior do que 10 anos, continuem realizando o exame anualmente.

Alguns aprimoramentos dessa técnica de detecção estão no mercado, como:

Tomossíntese – realizada conforme a mamografia, no entanto com avaliação tridimensional da mama, sendo recomendada em alguns casos para complementação do exame padrão.

Mamografia com contraste – semelhante a ressonância, sendo injetado contraste ao se realizar a mamografia. Pode auxiliar no exame padrão para detecção de doenças menores. Ainda pouco utilizada, devido a sua baixa disponibilidade e custo.

Ultrassom (USG mamas)

Talvez seja um dos primeiros exames ao qual a mulher tem contato com a saúde das mamas, quando se apresenta algum sintoma antes dos 40 anos. Consiste em analisar o tecido mamário por meio de um aparelho transdutor (que fica em contato com a pele) e aplicação de um gel sobre a região analisada para coletar informações sobre lesões e nódulos de maneira precisa nas imagens reproduzidas na tela. É indolor e não costuma provocar incômodo e não há a utilização de radiação. É um exame complementar à mamografia, mas jamais deve substituí-la. 

Mulheres que já possuem nódulos costumam passar por essa avaliação para identificar o tamanho da lesão e suas características, também utilizado para guiar uma biópsia de um nódulo não palpável.

Ressônancia

Trata-se de um exame de maior sensibilidade, não sendo utilizado isoladamente para rastreamento de doença em mulheres sem risco aumentado.  

Embora a ressonância magnética possa diagnosticar alguns tipos de câncer não visualizados na mamografia, também é mais provável encontrar algo que não seja câncer (o que é denominado falso positivo). Os resultados falsos positivos devem ser investigados para saber se o câncer não está presente. Isso significa que mais exames e/ou biópsias devem ser realizados. Por essa razão a ressonância magnética não é indicada como exame de rastreamento para mulheres com risco médio de câncer de mama, porque implicaria na realização de exames e biópsias desnecessárias em muitas dessas mulheres.

Assim sua indicações:

– Mulheres de alto risco para câncer de mama;

– Dúvidas na avalição de lesões nos exames de Mamografia e Ultrassonografia;

– Avaliação do tumor após tratamento quimioterápico (para planejamento cirúrgico);

– Mulheres com diagnóstico de doença maligna e mamas densas;

– Avaliação de rotura de implante mamário.

Consulte sempre o mastologista, faça um acompanhamento para tirar todas as dúvidas durante o tratamento e procure conforto nas pessoas que você mais ama. O amor cura!  

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