Renata Suzuki Brondi - Doctoralia.com.br
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Imunoterapia e câncer

O Brasil recebeu há pouco tempo a primeira imunoterapia contra o câncer de mama triplo-negativo, um dos mais agressivos e que representa de 10% a 15% dos casos gerais da doença. Embora tenha sido considerada como a maior revolução da oncologia, a imunoterapia demorou para chegar no país.

Este tipo de tumor não apresenta três alvos que podem ser enfrentados por determinados tratamentos padrões, como a quimioterapia e a radioterapia. Ele não possui receptores de estrogênio e progesterona (hormônios femininos) e da proteína HER2. Sem esses biomarcadores, fica difícil enfrentá-lo com hormonioterapia ou terapia-alvo. 

Com a aprovação deste novo medicamento, o atezolizumabe, os pacientes com prognóstico mais avançado da doença ou metastáticos (quando ela já se espalhou para outros órgãos) tendem a ser beneficiados. Antes de ser aprovada, a substância passou por estudos para avaliar a sua eficácia e o tratamento foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser incluído na prática clínica.

A aplicação do atezolizumabe, em conjunto com um quimioterápico, ampliou significativamente a sobrevida das mulheres com um prognóstico difícil e mais delicado. Ao contrário dos tratamentos comuns, a imunoterapia não se volta apenas contra a doença, mas sim estimula as células de defesa da paciente a reconhecerem e atacarem esse ‘inimigo’. Até mesmo outros tipos de cânceres foram favorecidos como o câncer de bexiga e de pulmão.

O desafio agora é referente ao alto custo desse tratamento, que poderá ser incorporado na saúde privada e pública.

Por isso, é uma importante conquista para a medicina! 

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