Renata Suzuki Brondi - Doctoralia.com.br
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Oncoplastia – saiba como é feita a cirurgia reparadora de mama

A cirurgia reparadora de mama é realizada em pacientes que precisam fazer uma retirada total ou parcial da mama, geralmente após lesões malignas. O procedimento está previsto em lei e pode ser feito em seguida à retirada do tumor, cirurgia imediata ou tardiamente. Importante avaliar cada caso e suas indicações. 

Um dos objetivos da cirurgia é a melhora da qualidade de vida e da autoestima das mulheres, também considerada como parte do tratamento pela Sociedade Brasileira de Mastologia, já que para a entidade é importante quebrar o estigma de décadas atrás em que a mulher com câncer era careca, sem seio e que morreria em breve. 

E como acontecerá a oncoplastia?

O termo oncoplastia surgiu no século XX e se refere a cirurgia oncológica da mama, ou seja, a remoção do tumor associada a técnica de cirurgia plástica para reparar esse defeito.

Diversas técnicas podem ser realizadas:

1. Quando a paciente é submetida a mastectomia:

  • Tecido autólogo (tecido da própria paciente) – retalhos com músculo latíssimo do dorso (das costas); músculo reto abdominal ou a utilização da sua própria gordura.
  • Retalho com latíssimo do dorso
Foto: divulgação


  • Retalho com reto abdominal
Foto: divulgação

 – Gordura autóloga

Nestes casos, se utiliza a própria gordura da paciente para se obter um volume ideal ou realizar o reparo da mama.

  • Implantes mamários ou expansores.
  • Expansores: nos casos de pouca pele para suportar a extensão do implante.

Se insufla aos pouco com soro fisiológico (no consultório), pós-cirurgia, durante o primeiro mês.

Foto: divulgação

Implantes:

Foto: divulgação

2. Quando a paciente é submetida a cirurgia conservadora:

– Pedículo Superior:

Para tumores em quadrantes inferiores.

Foto: divulgação

– Pedículo Inferior:

Para tumores em quadrante superiores.

Foto: divulgação

– Roundo Block:

Tumores em qualquer quadrante, em mamas de pequeno a médio volume.

Foto: divulgação

Mostramos algumas das técnicas utilizadas. É importante lembrar que o objetivo da reconstrução mamária, além de reparar a mama com doença, é deixar o mais semelhante a mama oposta.

Para isso, realizamos a simetrização, a qual seria a cirurgia da mama oposta, com à avaliação da melhor técnica a ser empregada. 

Os riscos do procedimento devem ser verificados pela equipe médica, de acordo com doenças preexistentes daquela paciente, como diabetes e hipertensão e outros males, como tabagismo, que possuem mais chances de desencadearem complicações.

O Ministério da Saúde divulgou que em 2019 foram feitas 1.258 mastectomias e 130 cirurgias reparadoras.

Existem várias técnicas de reconstrução mamária e a escolha será individualizada, de acordo com cada caso. Por isso, converse com seu médico sobre qual é a técnica mais adequada em seu caso, levando em consideração o tamanho das mamas, a extensão de pele retirada, a quantidade de tecido adiposo abdominal, presença de cicatrizes, competência dos vasos e músculos envolvidos e a própria preferência da paciente pela cirurgia.

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